das coisas que mais me interessam discutir em vida é sobre a morte
morte como ciclo, morte não como fim, mas como continuidade
gosto de me olhar no espelho e perceber que aos 24 anos eu morri muitas vezes
e tenho mais coisas pra dizer sobre a vida do que muitos aos 40 ou 50 pouco experimentaram
não diminuo a riqueza das experiências que cada um passou
mas quem acredita que viver é material ainda não começou a entender o que estar nesse plano significa
aos 17 anos me disseram que o que mais importava para quem vivia era deixar o exemplo
todos nós seres humanos conscientes vivemos para deixar um exemplo
contestei, naquele tempo
sete anos depois me vejo tentando ser exemplo para alguém, de alguma forma, lutando constantemente para quebrar paradigmas e deixar algo que seja valioso aqui nesse plano
Eu sempre falo sobre plano
eu tenho um plano, me confundo às vezes pensando nesse plano acreditando que eu mesma sou meu plano
mas eu por si só já sou
e meu plano é fruto da minha consciência
Deixei de lado algumas coisas
minha maior brisa agora é a solidão existencial e o mal-estar que me acompanha dia após dia
Ler é bom, ler é a única coisa que faz valer a pena essa pequena estadia nesse planeta
me perco nos pensamentos junguianos e deus sabe que minhas vontades e desejos são de outro mundo
se eu tivesse um pouquinho de mediunidade, um pouquinho de fé nessa palavra eu gostaria de ter um momento com Jung "me deixe absorver um pouco da sua consciência, mas por favor, não quero ficar louca".
Não gosto do determinismo freudiano.
O ser humano pode ser além de seu ambiente, além de suas experiências, além de seu próprio ego.
Nada do que é aprendido é realmente importante, nosso ego é areia fina que corre entre os dedos e nada sobra no final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário