segunda-feira, 17 de abril de 2017

Carta aberta para o meu parceiro casual

Oi,
Eu gostaria de dizer que foi incrível tudo o que aconteceu.
Eu já tinha me interessado por outros caras, e já tinha levado eles pra casa.
Mas eu não transei com nenhum deles.
Não que eu não quisesse transar, eu simplesmente não senti nada por eles.
Com você foi diferente, nós dançamos
no dia seguinte você me adicionou no facebook
uma semana depois você me chamou para conversar, e disse que havia lido tudo o que eu tinha publicado, e que adorou minha visão sobre a dança.
Eu senti medo, um frio na barriga.
Quando dançamos me conectei a você, eu quis conhecer você.
Quis te entender. Saber do seu mundo. Das suas coisas. Seu olhar era vibrante e incrível. Eu senti sua sede, eu senti sua fome, eu senti seus desejos.
Não sei por quanto tempo conversamos. Sei que não foram todos os dias. Mas eu não conseguia te tirar da cabeça.
Quando finalmente te vi, senti tudo queimar. Era inacreditável, sentia como se não fosse realidade.
Eu amei cada segundo. Eu quis você da cabeça aos pés. Eu amei cada parte do seu corpo, e amaria de novo, e de novo, como se fosse tudo o que pudesse ter.
Acredito que todo ser humano tenha o caos em si. Eu prefiro que me mostrem primeiro o que tem de ruim, pra depois me mostrar o que tem de bom. Você me mostrou tudo isso, e mesmo assim eu te quis, e te quis mais do que antes.
Eu quis sua desordem.
Eu quis que as mesmas tempestades que te atingissem, me atingissem também.
E agora eu sigo, sentindo seu toque, seu cheiro e seu sabor por onde quer que eu vá.
Isso não é uma declaração de amor, isso é a expressão do meu desejo febril por você.
Ainda quero desenrolar seus mistérios e descobrir quanta luz esse olhar pode trazer.
E mais importante:
Eu quero todo o seu caos dentro de mim,
De todas as formas que ele possa ser
Em todas as intensidades que você queira despeja-lo em mim.


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